Por Gabriel Benevides, no Poder 360
12/01/2023
Índice geral das pequenas e médias empresas, por outro lado, recuou pela 4ª vez consecutiva
índice de confiança dos pequenos empresários ligados à indústria aumentou 2,8 pontos em dezembro de 2022. O crescimento se deve à recuperação das taxas que medem as expectativas de mercado, principalmente sobre a produção. Os dados são do boletim mensal sobre a sondagem econômica do setor, calculado pelo Sebrae em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O resultado geral para MPEs (micro e pequenas empresas), entretanto, teve queda de 0,5%. É a 4ª vez consecutiva que houve recuo mensal. Os setores de comércio e de serviços também registraram diminuição de 1,1% e 0,3%, respectivamente.
Segundo a pesquisa, há expectativa de que os valores aumentem nos meses iniciais de 2023, especialmente nos serviços e na indústria. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, analisa que a menor confiança não foi registrada apenas nos pequenos negócios, mas sim um fenômeno geral de todas as empresas brasileiras. Isso se explicaria pelas incertezas relacionadas ao processo eleitoral e ao novo governo.
“Apesar das possíveis incertezas sobre a condução da política econômica, estamos otimistas quanto às sinalizações de fomento ao empreendedorismo e crédito para o segmento”, disse em comunicado. Eis a íntegra (50 KB). Ele também afirmou que “a inflação e as altas taxas de juros contribuíram para uma maior cautela dos consumidores, que reduziram sua demanda por bens e serviços no 4º trimestre”. Isso teria aumentado o estoque dos produtos nas empresas.
O cálculo da confiança considera 2 pontos:
- ISA (Índice de Situação Atual) – quantifica a situação do setor no momento presente, ou seja, a curto prazo;
- IE (Índice de Expectativas) – quantifica as perspectivas a longo prazo para o segmento.
Indústria
A confiança registrou alta. O resultado foi impulsionado pelas seguintes áreas:
- alimentos;
- refino e produtos químicos;
- metalurgia e produtos de metal.
As regiões do Brasil tiveram taxas diversas para o segmento. Enquanto no Nordeste houve variação negativa de 8 pontos, no Sul registrou alta de 8,9 pontos. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o índice de confiança cresceu 2,7 pontos. Já no Sudeste, a maioria da região registrou -0,5%.
Comércio
Como tanto o ISA e o IE caíram, a queda no setor foi maior. Os dados negativos se relacionam às áreas de materiais de construção e bens de consumo. Quando se analisa a regionalidade da confiança do setor por região, observa-se que recuou no Sudeste (-2%) e Sul (-0,4%) e avançou no Nordeste (4,6) e na junção do Norte e Centro-Oeste (1,8%).
Serviços
O índice de confiança foi praticamente neutro porque a quantificação do curto prazo baixou e do longo prazo aumentou. Para o futuro, o valor foi alto por causa da expectativa de melhora nos negócios na demanda, no faturamento e no emprego do setor.
A confiança se comportou e se deu de forma semelhante ao Comércio nas regiões brasileiras para os Serviços:
- Nordeste: 1,2%;
- Norte e Centro: -1,1%;
- Sul: 3,5%;
- Sudeste: -1,3%.
Por Gabriel Benevides, no Poder 360, publicado em 12 de janeiro de 2023