Por Isabela Rovaroto, da Exame
25/07/2022
No segundo trimestre de 2022, o IODE-PMEs mostrou avanço de 0,9% ante o primeiro trimestre do ano
O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) de junho mostra que a média da movimentação financeira real das pequenas e médias empresas brasileiras apresentou crescimento de 1,6% na comparação com junho de 2021.
Mesmo com avanço, o índice desacelerou frente aos resultados observados nos últimos meses –– o índice caiu 4,4% na comparação com maio de 2022, quando houve expansão de 6,1%. Os setores de Serviços (-5,4%) e Indústria (-5,5%), o Comércio (-3,6%), foram os que mais recuaram frente a maio.
No segundo trimestre de 2022, o IODE-PMEs mostrou avanço de 0,9% ante o primeiro trimestre do ano. Do ponto de vista setorial, destaca-se a aceleração do segmento industrial (+8,2% na mesma base de comparação). Por outro lado, Serviços e Comércio mostraram avanços relativamente mais contidos no período (+0,5% em ambos os segmentos ante o primeiro trimestre).
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 637 atividades econômicas que compõem cinco grandes setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
Segundo as aberturas setoriais do IODE-PMEs, o crescimento do índice em junho, frente ao mesmo período do ano anterior, foi puxado pelo avanço da movimentação financeira real nos setores da Indústria (+10,6%) e Infraestrutura (+6,5%).
Já o setor de Comércio apresentou ligeiro crescimento de 1% no período, composição que reflete o avanço no segmento de ‘comércio e reparação de veículos’ e certa retração pontual do varejo.
Por outro lado, o setor de Serviços foi a surpresa negativa, apresentando a primeira retração (-2,9%) na comparação anual desde o primeiro semestre de 2021.
“Apesar do resultado negativo observado em alguns segmentos do Comércio e no setor de Serviços, ainda é cedo para assumir o desempenho como tendência. Especificamente para o segundo semestre do ano, ainda há espaço para observarmos uma sustentação dos setores de Comércio e de Serviços, especialmente com as novas medidas fiscais do governo para dar sustentação ao consumo”, avalia Felipe Beraldi, especialista da Omie.
Por Isabela Rovaroto, da Exame, publicado em 25 de julgo de 2022